Como outros idiomas influenciam sua autoridade na TI

Empresas de todo mundo negociam com empresas de todo mundo, em inglês. Não há mais fronteiras e seu cargo vai exigir que você saiba pelo menos falar e escrever este idioma.

O inglês é o idioma universal

Para considerarmos o inglês como idioma universal, precisamos levar em conta o número de falantes não nativos e como tudo é sinalizado ou descrito, e isso percebemos em diversas situações. No turismo, no transporte público, nos veículos, nos manuais, nas máquinas, etc.

Está em todo lugar. Estou usando um laptop nacional para escrever esse artigo, e no teclado as palavras não abreviadas são Home End. Na etiqueta do mouse, tem Wireless MouseMade in China. No carregador do meu celular da Huawei, fabricado na China, só há palavras em inglês, e no carregador do laptop, que também foi feito na China (e montado aqui), há inglês e um português estranho (é louvável o cuidado com instruções a respeito da eletricidade, mas a concordância verbal é importante).

Acredita-se que a popularidade do inglês se deve a estes fatores:

  • Influência colonial – O Império Britânico expandiu-se bastante nos últimos séculos, colonizando países que adotaram o inglês como idioma.
  • Hegemonia econômica dos Estados Unidos – Após duas guerras, os EUA desenvolveram-se rapidamente, enquanto os demais países estavam ocupados arrumando a bagunça.
  • Cultura e entretenimento – As pessoas mais determinadas aprendem o inglês para ter uma melhor experiência e entendimento de músicas, filmes, séries e programas de televisão.
  • Tecnologia e internet – Nem se discute que tudo está publicado em inglês.
  • Ciência – O inglês é a lingua adotada pelos cientistas.
  • É fácil – Sim, o inglês é fácil de aprender, bem mais fácil que português.

Mas se estamos no Brasil, um país com mais de 200 milhões de falantes, por que devemos saber inglês?

Prioridades

A história nos conta que idiomas que agregam uma minoria tendem a desaparecer. O tamanho do nosso território não condiz com a nossa importância perante o mundo econômico. Creio que mais de 90% do povo mal sabe falar e escrever o português. Também existe uma cultura de priorizar o aprendizado do espanhol, por causa dos nossos vizinhos, e manter vivas as mais de 200 línguas indígenas. A história dos pronomes neutros também ajuda a destruir uma economia. Isso sem falar nos representantes políticos, quem nem o português sabem falar direito.

Quem fecha um contrato internacional de milhões não está nem aí para pronomes, nativos ou cultura. Usa-se o inglês e pronto.

Nas empresas que passei onde os controladores eram estrangeiros, o idioma de comunicação sempre foi o inglês. O dono é quem manda. Em todas havia pessoas preparadas para entregar informação em português, apenas para divulgar para todos, pois era sabido que pouquíssimos entenderiam o idioma do “dono”.

Mas o que devemos aprender?

Inglês, sem dúvida.

Pensando no mundo da tecnologia, todos os produtos e serviços são negociados, fabricados, especificados e ensinados usando o inglês. Seu nível de fluência o deixará anos-luz à frente de muita gente. Mesmo que o produto ou serviço seja regionalizado, muita coisa acontecerá em inglês.

Mandarim, para abrir portas.

Hoje dois países entregam produtos e serviços para o mundo todo, Estados Unidos e China. Então, aprender o mandarim lhe posicionará muito bem perante a empresa e ao mercado. Os ideogramas são difíceis sim, mas o mandarim é tão simples quanto o inglês. São dois idiomas práticos.

O que não aprender?

Idiomas falados por países de pouca relevância econômica ou conduzidos por governos incompetentes.

Temos um monte de países que se encaixam nesse grupo, e por mais que francês, espanhol e português sejam falados por muitas pessoas, tal grupo é composto quase que totalmente por nativos de paises com pouca ou nenhuma autoridade. Para outros idiomas, desejo boa sorte.

Só vale a pena se aventurar se o idioma exótico tiver relação com a família, com a empresa e com sua cara-metade, aí ganha-se o direito de pedir música no Fantástico.

 

 

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